terça-feira, 23 de dezembro de 2008

e eu sou o bozo (coitado do bozo)...

Feio, muito feio. Ao mesmo tempo que o Brasil mostra o seu lado solidário, surge, brota não sei da onde, pessoas maravilhosas capazes de estragar e envergonhar literalmente um ato tão bonito, mesmo quando as pessoas só querem se livrar de roupas velhas. O que aconteceu em Santa Catarina mexeu em grande parte com o espiríto solidário dos brasileiros, e é claro, que não podia faltar o jeitinho "normal" e sujo de ser humano nessa hora. Soldados do Exército e voluntários desviando doações como se fosse algo totalmente normal, e eu fico pensando no que eles estavam pensando quando fizeram isso. Certamente tal situação não deve significar nada, já que a espontaneidade foi flagrada e transmitida aos quatro ventos. Será que eles acharam que eram muitas doações? E pra quem perdeu tudo, será que é muita coisa? Acho nojento ver que há pessoas que conseguem agir assim como se fosse normal algo do tipo. E é claro, ninguém estava roubando, imagina.
Outro fato bem bizarro foi a comemoração dos suplentes que lotaram as galerias do Senado festejando a criação de 7,3 mil novas vagas de vereador no país. Porém, a festa por enquanto está adiada. Ainda sim é incrível como cada vez mais os senadores e deputados se concentram em votações, emendas e bla bla bla, deles para eles, de puro interesse dos próprios belezinhas. Parece um clube onde só se discute o que é de interesse interno se esquecendo totalmente da verdadeira função para qual a Câmara foi criada. Decisões assim em um dia são aprovadas e o que é realmente importante e necessário para este país leva anos para entrar em vigor. E foi preciso que a história viesse à tona para identificar a repercussão negativa, aaah pelamor. Eles acham que somos palhaços, e embora muitos tenham comportamento semelhante, pouco a pouco o nosso barulho ainda que fraco vai acabando com festinhas como essa, mas tudo por enquanto, há sempre a velha lista de desculpas.



"É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
Meu coração tá no escuro.
A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam:
" - Não roubarás!"
" - Devolva o lápis do coleguinha!"
" - Esse apontador não é seu, minha filha!"
Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar. Até habeas-corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar, e sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará.
Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda eu vou ficar. Só de sacanagem!".

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