sábado, 30 de agosto de 2008

R$50 milhões, e um Brasil bem bronzeado.


Uma das mais importantes edições do esporte são os jogos olímpicos.Não é como uma Copa do Mundo onde todos param para assistir, mas é algo que nos traz orgulho e surpresas, embora traga também uma boa dose de decepção, no nosso caso verde - amarela.
Não posso negar que, ingenuamente, me emocionei na abertura dos jogos. Me arrepiei ao ver tanta perfeição nos movimentos, tantas cores, tantos fogos, tantas surpresas vindas de onde menos se esperava.Certamente entrará para a história dos jogos e para a enternidade das nossas lembranças toda aquela magia chinesa exibida para o mundo.
O dragão chinês investiu 40 bilhões para as realizações históricas das Olimpíadas. Foram anos de preparação, que modificaram não só a paisagem e o cenário chinês, mas também a maneira de vida dos cidadãos chineses. Para abrigar tantos eventos e pessoas, foi preciso uma ampla modificação.
A China assusta em termos de projetos e edificações, perfeitos arranha-céus, que parecem não terem fim nem impossibilidades. É um cartão postal e uma referência em termos de arquitetura e ousadia que deixou o mundo todo de queixo caído.
Infelizmente, toda essa magia acaba quando falamos no real sentido das Olimpíadas: os resultados. Não digo os resultados de infra-estrutura e organização, ao meu ver foram quase perfeitas, em vista que de um erro de organização perdemos uma medalha certa no salto com Fabiana Murer, mas nem vou comentar, evitarei mais decepções.
Os resultados brasileiros se compararmos com os investimentos que são direcionados para a COB (Comitê Olímpico Brasileiro) são desatrosos. Foram mais de 50 milhões de reais investidos para que de 277 atletas pudesse resultar mais medalhas que na edição passada, na lógica. Não culpo os atletas. Há histórias de que vários deles, inclusive a nossa judoca de medalha inédita, Ketleyn, tiveram que contar com a ajuda amigos para poder embarcar para Beinjing. Absurdo, já que 50 milhões são direcionados especialmente para levar nossos atletas até lá. Até onde esses 50 milhões chegam intactos e realmente com a direção premeditada e certeira? É uma pergunta que não quer calar. E nem vai.
Em 2010 teremos a Copa do Mundo, na África do Sul. De certa forma, me sinto insegura quanto a nossa seleção que, de brasileira, não tem nada. De todos que são convocados 90 % atuam fora do país, ganhando rios de dinheiro. Em campo, com a nossa camisa, parecem perfeitos cara - de - pau, no maior estilo "não deu pra fazer mais do que isso". Não daria mesmo. Com essa vontade patriota perdida, não ganhamos nem em amistoso. Enquanto faltou (e falta) vontade na seleção masculina, na feminina faltou sorte e entrosamento, mas em síntese são meninas de ouro mesmo ganhando prata. Faltou alguns centímetros para o masculino nos saltos em distancia, mas para Maurren Maggi, só um centímetro foi preciso para trazer 1 das 3 únicas de ouro que o Brasil conseguiu. É, foram 15, um Brasil bem bronzeado.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

papapapa,well I have to try again;

Sinceramente, eu não fiz por mal. Eu sou mesmo alienada, e isso ás vezes é defeito, aliás muitas vezes, afinal nesse mundo de razões estranhas, quem ainda dá espaço para as filosofias internas dos outros e das de si próprio? Acredito que de certa forma, posso ter sido meio egoísta, pensando nos meus micro problemas, nos meus inúteis dilemas, nas minhas perguntas sem respostas, "agindo sem ação". Mas tudo isso, pra mim tem um valor. Nada que supere a importância de outros valores.Não ter a voz para explicar o por quê é tão difícil...Parece que não estava dando a devida importância, ou atenção. Mas eu estou muda de verdade, quer dizer, impossibilitada de elevar um pouco a voz para que você pudesse me escutar. São coisas banais, damos muito do nosso tempo à elas. Escuto sempre que devemos analisar os dois lados, e cobro sempre para que eu consiga fazer o mesmo, tendo paciência com quem ainda nem percebeu que isso é importante. Mas de qualquer forma me desculpe. Por tantas vezes que não demonstrei a importância das pequenas coisas que você faz no meu dia-a-dia, desde deixar minha caminha arrumada, meu almoço na geladeira, um recado em cima da mesa...Pelas vezes que eu não dei atenção às demonstrações diretas e indiretas de afeto e não explicitei a necessidade de supri-las enquanto ainda temos tempo. Ás vezes as idéias de agradar se divergem, e dái talvez surgem os conflitos. Mas nada que supere o grande amor que eu tenho por todos vocês, meus pais, minha família."Todo tempo com vocês são momentos que eu prezo, mesmo quando isso não é demonstrado todo tempo".

domingo, 17 de agosto de 2008

Resumo de um domingo feliz ao lado de um dos melhores amigos que se pode querer;


Meu mundo ficaria completo (com você);Nando Reis.

Não é porque eu sujei a roupa bem agora que eu já estava saindo
Nem mesmo por que eu peguei o maior trânsito e acabei perdendo o cinema
Não é por que não acho o papel onde anotei o telefone que estou precisando
Nem mesmo o dedo que eu cortei abrindo a lata e ainda continua sangrando
Não é por que fui mal na prova de geometria e periga d'eu repetir de ano
Nem mesmo o meu carro que parou de madrugada só por falta de gasolina
Não é por que tá muito frio, não é por que tá muito calor
O problema é que eu te amo
Não tenho dúvidas que com você daria certo
Juntos faríamos tantos planos
Com você o meu mundo ficaria completo
Eu vejo nossos filhos brincando
E depois cresceriam, e nos dariam os netos
A fome que devora alguns milhões de brasileiros
Perto disso já nem tem importância
A morte que nos toma a mãe insubstituível de repente
Dela eu já nem me lembro
A derrota de 50 e a campanha de 70 perdem totalmente o seu sentido,
As datas, fatos e aniversários passam
Sem deixar o menor vestígio
Injúrias e promessas e mentiras e ofensas caem fora
Pelo outro ouvido
Roubaram a carteira com meus documentos
Aborrecimentos que eu já nem ligo
Não é por que eu quis e eu não fiz
Não é por que não fui
E eu não vou
O problema é que eu te amo
Não tenho dúvidas que eu queria estar mais perto
Juntos viveríamos por mil anos
Por que o nosso mundo estaria completo
Eu vejo nossos filhos brincando
Com seus filhos que depois nos trariam bisnetos
Não é por que eu sei que ela não virá que eu não veja a porta já se abrindo
E que eu não queira tê-la, mesmo que não tenha a mínima lógica esse raciocínio
Não é que eu esteja procurando no infinito a sorte
Para andar comigo
Se a fé remove até montanhas, o desejo é o que torna o irreal possível
Não é por isso que eu não possa estar feliz, sorrindo e cantando
Não é por isso que ela não possa estar feliz, sorrindo e cantando
Não vou dizer que eu não ligo, eu digo o que eu sinto e o que eu sou
O problema é que eu te amo
Não tenha dúvidas, pois isso não é mais secreto
Juntos morreríamos, pois nos amamos
E de nós o mundo ficaria deserto
Eu vejo nossos filhos lembrando
Com os seus filhos que já teriam seus netos

sábado, 16 de agosto de 2008

Eterno gerúndio.

As semanas andam tão corridas, tão rápidas e ao mesmo tempo tão lentas que não consigo organizar bem os pensamentos e emoções que cercam esse meu humilde ser.A mente está ligada ao corpo, se o corpo corre muito, a mente também corre, dispara, e pra mim isso é em dobro.São palavras, pensamentos, vontades, des-vontades e tudo mais que se perdem e se acham no decorrer dos dias.
É um eterno gerúndio.Pessoas falando, gritando, brigando, correndo, comendo, reclamando, rindo, chorando, dormindo, acordando, trabalhando, vadiando, buscando, perdendo...Chega um momento em que tudo isso te irrita de tal forma que você não vê a hora de acabar tal calvário.E tudo acontece nos mais propicios cenários de filme de terror urbano que se pode imaginar.Ônibus lotado (o pior de todos os castigos), pessoas cansadas depois de um longo dia de trabalho, em pé, segurando umas as outras, fazendo os malabarismos mais impossíveis para passar naquele mar de gente.E que gente, todo o tipo, estilo, cor.Gente educada, gente ignorante, gente paciente e gente sem nada de paciência.Você vê de tudo, mas desejando que acabe logo para não ver mais nada além da sua aconchegante casa, sua família e sua cama te chamando para deitar e dormir, porque amanhã começa tudo outra vez.


domingo, 3 de agosto de 2008

Clarice Lispector já dizia: 'se há direito ao grito, então eu grito'.Faço o mesmo aqui agora, em formas simples e miúdas em vista de tanta ignorância que cerca este meu amado país.E eu amo mesmo meu país viu?Amo muito.Levo em conta que somos um país jovem, mas me deixa triste tanta indiferença quanto à coisas que realmente precisam ter valor e não tem.Acho um absurdo Bolsa Família.Embora haja quem precise, há muita defasagem em torno desse assunto.
Há uma dependência, e toda dependência é sinal de comodidade.Vou expor meu ponto de vista, mas primeiro analise bem a definição do Bolsa Família dado no Wikipédia, a enciclopédia livre (diga se de pasagem):O Bolsa Família é um programa de bem-estar social desenvolvido pelo governo federal brasileiro em 2003 para integrar o Fome Zero. Consiste-se na ajuda financeira às famílias pobres e indigentes do país, com a condição de que estas mantenham seus filhos na escola e vacinados. O programa visa reduzir a pobreza a curto e a longo prazo através de transferências condicionadas de capital, o que, por sua vez, visa acabar com a transmissão da miséria de geração a geração.Agora me diga, acontece?Teoria é uma coisa, prática é outra, eu sei.Mas por trás de uma intenção bonita em acabar com a miséria, há também mil e um fatores que de bonito não tem nada.Acontece até mesmo por parte dos usuários que integram o programa social.O objetivo é acabar com a transmissão da miséria de geração a geração, a miséria é mesmo uma doença, mas na sua maioria a transmissão acontece também (e muito) por parte de quem deveria "sair" dela.O que falta é estímulo para com estes cidadãos miseráveis que se deixam enganar ou se fazem de esperto vivendo às custas de beneficios o resto da vida, se acomodam, e viram os parasitas.O que eu defendo é o investimento em educação e conhecimento para todos, desde de cedo.Não basta inserir milhões de brasileiros em bolsas disso ou daquilo para acabar com a miséria, sem investir em desenvolvimento, em acesso às coisas que realmente tem futuro.O que falta é a preocupação em formar bons cidadãos, instruídos e competitivos (ninguém vê a crise de mão de obra qualificada?).De geração em geração o pensamento que se segue é o de que receber Bolsa disso e daquilo é direito do cidadão, mas ninguém percebe que o que eles tem direito de verdade, saúde, educação, infra-estrutura e etc., é pouco lembrado junto com as grandes promessas feitas antes da eleição.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Em vez de um ponto, uma vírgula//

Não tenho o que escrever hoje, tenho o que sentir, mas o que eu sinto não tem uma palavra e também não tem sentido, embora me faça sentir tanto quanto aquilo que não tem nome nem sentido quanto aquilo que tem um nome/sobrenome, mas que talvez tenha tido que esquecer em alguma vírgula de tudo que senti até aqui e de propósito não coloquei nenhum ponto final, só fingi que esqueci, e quem sabe já esqueci.