quinta-feira, 20 de março de 2008

A porta.


Na minha vida,em mim,são várias portas.Cada uma representa alguma coisa.Há dias em que umas estão abertas,outras fechadas,outras que nunca foram tocadas.E essas portas uma a uma, estando abertas ou fechadas constroem ou destroem o meu dia.As portas brancas são as 'portas boas' e as pretas as 'portas más'.Tem dia que eu não dou sorte.Há mais portas pretas do que brancas.Nesses dias essas portas más me levam à impaciência, ao desânimo, à carência de algo que não sei o que é mas que sinto falta, me levam à saudade, à solidão...E no final, por detrás dessas que são más, não há nada além do que um labirinto,onde fico mais confusa, onde me perco.Mas eu também tenho sorte.As portas brancas me levam à alegria, à gratidão pelo o que tenho, a certeza de que com coragem posso realizar minhas conquistas,me levam ao riso sem motivo, me levam à satisfação...E essas portas (as brancas) não me levam à um só cômodo,cercado por 4 paredes, me levam a muitas outras portas em que vou passando de espaço em espaço sem me esforçar, sem me cansar, elas me deixam pensar que sou forte, e isso me faz bem,muito bem.





Atrás da Porta
Elis Regina


Quando olhastes bem nos olhos meus

E teu olhar era de adeus, juro que não acreditei
Eu te estranhei, me debrucei
Sobre o teu corpo e duvidei
E me arrastei, e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelosNos teus peitos, teu pijama
Nos teus pés, ao pé da cama
Sem carinho, sem coberta
No tapete atrás da porta
Reclamei baixinho
Dei prá maldizer o nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar
E me vingar a qualquer preço
Te adorando pelo avesso
Prá te mostrar que ainda sou tua
Até provar que ainda sou tua.

Um comentário:

Anônimo disse...

ah, elis é eterna...