domingo, 2 de março de 2008

Onze Minutos


Terminei ontem de ler "Onze minutos" de Paulo Coelho (valeu Adam pelo empréstimo).Alguns dizem que ele é meio pornográfico,e por um lado é mesmo.As desilusões da vida sexual e amorosa de uma prostituta chamada Maria.Mas eu prefiro comentar a parte amorosa,apesar das duas estarem ligadas uma a outra.É interessante o livro,tem trechos do diário da personagem (pra mim um dos melhores momentos do livro),nele ela escreve tudo o que se passa com ela,uma mulher sozinha,em um país estranho (Suíça,o país),com uma língua estranha,fazendo algo que nunca pensou em fazer (prostituir-se) e vária reflexões sobre o amor em si.Li até o fim sem me cansar.Gostei de alguns trechos:

"Meu objetivo é entender o amor.Sei que estava viva quando amei, e sei que tudo que tenho agora,por mais interessante que possa parecer, não me entusiasma"
E quem não quer entender tal sentimento?Creio eu que de tão grande é seu impacto,o significado se torna um mero detalhe, e não entender é no fundo entender sem teoria,aprendendo na prática.

"Quando não tinha nada a perder, eu recebi tudo.Quando deixei de ser quem era,encontrei a mim mesma"
Acontece muito disso né?A pessoa 'tá que tá' querendo se entender e se achar, de repente dá uma parada,um 'pause' e se encontra sem o menor dos esforços.


"Os encontros sempre nos esperam - mas na maior parte das vezes evitamos que eles aconteçam"
Verdade seja dita.

"Afastar-se da paixão ou entregar-se cegamente a ela - qual destas duas atitudes é a menos destruidora?"
Não sei.


"Ela sentia-se angustiada,tensa,por ter aberto uma porta e não saber como fechá-la"
É como saber que em tal lugar há um buraco,onde não se sabe,mas que tem tem,e mesmo assim querer percorrê-lo,é como amar alguém que já te magoou e mesmo assim ama-lo sempre.


"Hoje estou convencida de que ninguém perde ninguém,porque ninguém é de ninguém"
Concerteza,ninguém é de ninguém,não há pior dos erros do que colocar a sua felicidade,suas perdas,suas infelicidades sob a responsabilidade de outros,porque foram embora ou não supriram os mesmos sentimentos.


"Essa é a verdadeira experiência da liberdade: ter a coisa mais importante do mundo, sem possuí-la"
Não precisa de comentários,existe verdade maior?

Um comentário:

Juno disse...

Não sou exatamente um fã do auto entitulado "Mago". Mas, esse livro, parece ser, no mínimo, diferente.

Talvez eu até leia :-)

Valeu a dica. Belo blog, o seu.

Abraços