segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Destino existe?

Essa é a pergunta da SUPER INTERESSANTE deste mês. Fazia muuuuito tempo que não comprava essa revista, porque de alguns anos para cá, ficou DESINTERESSANTE. Massss, o título me chamou a atenção.

"A crença de que nosso futuro já está determinado é parte do que somos. O problema é que nosso cérebro tem um defeito congênito: ele é programado para encontrar sentido em qualquer coisa, inclusive para a existência".

É por isso que que qualquer coisa que aconteça, seja boa ou ruim, nosso cérebro automaticamente quer saber o sentido disso e daquilo.

Existem várias religiões, conceitos ateístas, espirituais e filosóficos que tentam explicar o que é o destino, se existe ou se é uma ilusão. Como a doutrina do carma, que surgiu na Índia há mais de 3 mil anos. O que ela diz: "NADA ACONTECE POR ACASO: TODOS OS FATOS NA VIDA DE UM INDIVÍDUO SÃO CONSEQUÊNCIAS DE SUAS AÇÕES EM EXISTÊNCIAS PASSADAS".
Assim, o carma rege que nosso caráter é resultado do nosso 'passado' e o nosso futuro determinado pelo nosso presente.

Na Grécia antiga, havia uma teoria semelhante que dizia que: NÃO DÁ PARA ESCAPAR DO QUE ESTIVER RESERVADO PARA VOCÊ. Era o Estoicismo, influente corrente filosófica da Antiguidade. O futuro para eles era tão inalterável quanto o passado.

Mas, surgiu na mesma época o Epicurismo com ideias opostas: enquanto o Estoicismo pregavam que o Universo era uma ordem perfeita, o Epicurismo regia que a essência de tudo o que existe era o Caos. O mundo, nossas vidas, tudo era fruto de um acaso.

Jean-Paul Sartre, filósofo, acreditava em algo semelhante mas menos terrorista, em que UM FUTURO COM CARTAS MARCADAS EQUIVALIA A ESCAPAR DA RESPONSABILIDADE DE TOMAR DECISÕES. Sendo assim, teríamos total liberdade, mas consequentemente este pensamento nos levaria a um medo comum a todos nós da espécia humana: o de que podemos viver em um mundo que não faça sentido, indo contra nosso intuito básico de tentar ver sentido e ordem em tudo.

No Cristianismo, acreditamos no livre-arbítrio como algo essencial para nossa responsabilidade moral. Deus sabe o que iremos passar, aonde iremos chegar e nos dá os caminhos para isso. Mas não é de mão beijada também! Você precisa usar um pouco da sua intuição. Mas é como ele falasse: "Eu sei que você pode chegar até lá, porque é meu filho e eu dei a você capacidade para isso, mas sem imposições, pois a escolha é sua". Ou: "Eu sei que você não é capaz de machucar alguém ou fazer algo tão egoísta, porque eu te criei para coisas boas, mas é você que deve escolher". É por isso que temos (ou não) consciência e é por esta razão que ser livre se faz tão essencial para nossa responsabilidade moral.

Para Einstein, a diferença entre o passado, o presente e o futuro é ilusória. Na prática tudo que ainda vai acontecer, já aconteceu.

Bom, se tiver mais tempo, irei comentar mais um pouco sobre o assunto que achei muito interessante. Vale a pena ler na íntegra a reportagem.

E para vocês, o destino existe?

2 comentários:

Unknown disse...

Não faria sentido se tudo acontecesse por acaso...

G.D.H.R. disse...

Até um tempo atrás eu acreditava que tudo tinha um porque já certo! Hoje, não que eu não acredite em um "desfecho", mais acho que tudo é probabilidade! Um guri passou por mim com açai quase caindo? poderia ter caido em mim, mais não caiu! Meus amigos virem para o bairro o ônibus poderia ter quebrado, mais não quebrou! Ver você na rua ontem, tu mora perto existia chances de te encontrar! tinha 50% de chances para tudo isso acontecer ou não! Não que alguma força misteriosa segurou o açai do guri, não que alguém agiu para nenhuma peça do ônibus quebrar ou alguém falou algo na sua cabeça pra você passar pela rua! Acho que as pessoas falam em destino por costume mesmo!